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Written by:
admmuralint
06/01/2015 13:20
Karen Alessandra Hüsemann: É professora de História e atua na rede pública de ensino há um ano e meio. Desenvolve aulas para o Projeto de Apoio à Aprendizagem da EE Francisco de Assis, em Campinas.
Nome do Projeto: Oficina Cultural de Arte Afro-Brasileira
Justificativa:
Para atender à Lei n° 10.639/03-MEC, “que institui a obrigatoriedade do ensino da história da África e dos africanos no currículo escolar do Ensino Fundamental e Médio”, a professora criou um projeto sobre a identidade cultural desse povo, a partir da confecção de bonecas Abayomi.
Na tentativa de alegrar as crianças que as acompanhavam nos navios negreiros, no período da escravidão, as africanas rasgavam as barras de suas saias e criavam bonecas com o tecido. A palavra ABAYOMI é de origem iorubá e significa abay (encontro) e omi (precioso). Pode ser traduzida como “Ofereço para você o melhor que eu tenha em mim” ou “Ofereço aquela que traz minhas qualidades”
.
Objetivos:
- Apresentar e valorizar a cultura africana, destacando as suas influências na formação do povo brasileiro;
- Promover o respeito à diversidade étnico-racial;
Período realizado:
Durante o ano letivo de 2014.
Alunos envolvidos:
Embora tenha sido elaborado para o Ensino Fundamental II e para o Ensino Médio, o projeto fez tanto sucesso que foi estendido às turmas do Ensino Fundamental I.
Disciplinas trabalhadas:
• MATEMÁTICA: Geometria nos recortes predefinidos para os retalhos na confecção da boneca: ângulo, metragem, proporção.
• PORTUGUÊS: Leitura e análise de texto e sensibilização com a história.
• GEOGRAFIA: Localização do continente africano e percurso dos navios negreiros.
• HISTÓRIA: Surgimento da arte milenar africana, história da África e sua arte em questão como herança para o povo brasileiro.
• SOCIOLOGIA: Questões étnicas e identitárias.
Resultados:
Os jovens ficaram sensibilizados com o significado das bonecas Abayomi. Isso contribuiu para que o projeto fosse desenvolvido sem preconceitos culturais e ainda desmistificou ideias errôneas sobre o continente africano. Nos eventos promovidos pela escola, a comunidade pôde participar da oficina. Dessa forma, o conhecimento alcançou também os amigos e familiares dos alunos.